Soberba: a arte de valorizar nossa paz.
Sabe aquele sentimento meio amargo que surge quando você percebe que alguém, que antes era de confiança, hoje finge que não te conhece? Pois é, a tal da soberba. Ela chega sem aviso, se instala, e quando você menos espera, vira uma parede difícil de atravessar.
Eu, sinceramente, fico me perguntando: como pode? Como pessoas que já compartilharam risadas, segredos e bons momentos agora simplesmente viram as costas, como se nada tivesse acontecido? O mais curioso é que, muitas vezes, quem errou foi quem virou a cara, quem se afastou, quem deixou a soberba tomar conta. E a vida, com suas ironias, segue.
Mas a verdade é que, no fim das contas, o que importa não é o que as outras pessoas fazem ou deixam de fazer com a gente. O que realmente importa é como conseguimos preservar nossa paz interior. E, olha, a paz interior vale mais do que qualquer amizade vazia ou qualquer relação que se baseia apenas no interesse. Não podemos permitir que os outros joguem suas inseguranças, rancores e egoísmo sobre nós. Cada vez que alguém se afasta ou age com soberba, só temos que agradecer — sim, agradecer! — porque essa pessoa acaba se tornando um exemplo perfeito de como não agir com os outros.
Essas pessoas que se afastam quando não temos mais algo a oferecer, que se esquecem de nós quando os interesses mudam, são um ótimo modelo de amizade a evitar. Elas demonstram, com suas atitudes, o quão vazias podem ser quando se tornam reféns de suas próprias conveniências. Elas não sabem o que é a verdadeira amizade, porque, no fundo, amizade verdadeira não depende de interesses; depende de conexão genuína e respeito mútuo.
E, por mais doloroso que seja ser ignorado ou desprezado por quem já consideramos próximo, devemos lembrar que, no final, quem age com soberba e falta de caráter acaba se isolando na própria bolha. Eles estão tão focados em si mesmos, que se perdem na própria ausência de autenticidade. E nós? Bem, nós seguimos em frente. Não precisamos de nada disso. O mais importante é que, com o tempo, vamos aprendendo que a nossa paz vale mais. Não precisamos carregar o peso do ego dos outros ou da arrogância alheia. E, na verdade, a vida segue muito melhor sem essas relações tóxicas.
Agradeça, de coração, por essas experiências. Elas servem para nos lembrar de quem realmente importa e de como devemos agir com os outros: com sinceridade, lealdade e respeito. Porque a verdadeira amizade não se baseia no que você pode oferecer, mas no que você é. E quem te abandona quando já não tem mais algo a ganhar de você, nunca foi seu amigo de verdade.
Então, siga em frente, com a cabeça erguida. Deixe que as pessoas façam o que quiserem, mas nunca permita que isso afete sua paz. A vida não precisa dessas atitudes egoístas e, sinceramente, você também não. O importante é seguir sendo você mesmo, com ou sem a aprovação de quem quer que seja.
Quem te largou no meio do oceano, não tem direito de saber o que aconteceu entre você e os tubarões, e muito menos como você conseguiu chegar até a praia.
Com amor,
Camila.