Nasce um Livro, nasce um medo
Comecei a escrever algo que não sei onde vai dar, mas sei que não vou parar.
Eu andei sumida, mas não foi por acaso. Foi como se eu tivesse mergulhado numa caverna escura, onde o eco dos meus próprios passos é a única companhia. Um silêncio pesado, mas cheio de vida,um silêncio que carrega o peso do que está para nascer, mesmo que ainda não tenha nome, rosto ou forma.
Dentro desse silêncio, tem um personagem que não me deixa dormir. Ele ronda meus pensamentos como um segredo indecifrável, uma presença que não se cala. Tem um lugar, um espaço que ainda não existe em nenhum mapa, mas que pulsa forte no meu imaginário, um território à espera de ser descoberto. E tem um segredo, um segredo tão antigo e tão recente ao mesmo tempo, que nem eu mesma sabia que sabia, até que ele começou a sussurrar entre as linhas da minha mente.
Comecei a escrever algo que me assusta. Um projeto que me puxou para o fundo do abismo, me fez olhar para dentro com uma intensidade crua, sem filtros. É aquela sensação estranha de quando o medo se mistura com a excitação, quando o frio na barriga não é só insegurança, mas o sinal claro de que você está no caminho certo.
A história me escolheu. Não foi eu que escolhi a história, e isso me assusta e me fascina ao mesmo tempo. Ela me pegou pelo braço, sem pedir permissão, e me arrastou para uma dança com o desconhecido. Eu não sei para onde vai dar, não sei quais passos virão, mas sei que fugir já não é uma opção. Nem quero fugir.
É como se eu estivesse dançando no fio da navalha entre a dúvida e a certeza, entre o medo e a coragem. E essa dança, por mais incerta que seja, é a única coisa que faz sentido agora. Porque escrever é isso: se entregar ao mistério, permitir que a criação tome conta, e confiar que o que nasce das sombras pode iluminar o caminho.
Então, aqui estou eu, de volta, não com respostas, mas com perguntas que ardem e com histórias que ainda não se contam. E quero que você me acompanhe nessa viagem pelo escuro, pelo estranho, pelo novo. Porque às vezes, é preciso se perder para se encontrar.
Entre linhas e suspiros,
Camila
Uhuuuu! Não vejo a hora de descobrir essa personagem e esses mistérios 😻
… às vezes, é preciso se perder para se encontrar… nos lembra que a jornada da vida nem sempre é linear e que as experiências mais transformadoras podem surgir nos momentos de maior incerteza e desafio.
Keep flying my friend. You can do it. 🌻🦋🌞🧡